A maioria das terras cultiváveis no Brasil necessita de práticas de manejo para combater a acidez do solo. Artigo publicado pelo pesquisador da Embrapa, Cristiano Andrade, aponta a construção do perfil de solo como fundamental para o enfrentamento de períodos de seca.

O engenheiro agrônomo Júlio César Assad de Mello reforçou as medidas propostas por Andrade tanto para corrigir baixa produtividade como para evitar perdas.

Andrade atua na Embrapa Meio Ambiente. Seu artigo consta do capítulo 9 do livro “Inovação e Desenvolvimento em Cana-de-Açúcar – Manejo, Nutrição, Bioinsumos”. A publicação da Embrapa tem acesso gratuito e aborda temas como “Acidez do Solo, Agroindústria, Análise Foliar, Cana de Açúcar, Fertilidade do Solo e Resíduo Agrícola”.

O pesquisador destaca que o manejo nos canaviais pode ser feito a baixo custo, com uso de corretivos de acidez, como o calcário, e também de gesso. São insumos fundamentais na renovação ou na implantação do canavial.

Apesar disso, a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) estima que o consumo nacional está pelo menos 30% abaixo do que seria adequado, numa análise envolvendo todas as culturas.

A acidez afeta a maioria dos solos brasileiros. Engenheiro agrônomo com atuação em áreas de plantio de cana, Júlio César Assad de Mello destaca a avaliação do pesquisador em função da falta de chuvas.

“Há regiões do país, como Centro-Oeste, Sudeste e Norte, que apresentaram um volume de chuvas menor do que em outros anos”, afirma Júlio.

A aplicação de calcário e gesso representa uma alternativa. Porém, toda ação deve ser feita após análise do solo e com auxílio técnico.

Júlio avalia que outras culturas estão diante do problema. “Temos informações que, em 2023, cerca de 20% da soja já estava plantada nessa época do ano. Esse ano não chega a 8% por causa da falta de chuvas”, afirma.

Clique aqui e acesse a apresentação do livro de Cristiano Andrade no site da Embrapa.