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Abimaq estima queda no faturamento da indústria de máquinas este ano

02/08/2013

Entidade faz alerta sobre predominância dos interesses financeiros no Brasil para a manutenção de juros em detrimento à produção Foto: Divulgação

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos este ano corre o risco de ser entre 6% a 8% menor do que em 2012. Além da queda no faturamento, a participação dos produtos brasileiros no total de negócios do segmento também caiu.

Os dados foram apresentados em entrevista coletiva da diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) na última quarta-feira, 31 de julho. A entrevista ocorreu em São Paulo e foi transmitida on-line para as Sedes Regionais, a exemplo de Piracicaba.

Os números são preocupantes para o negócio da indústria que aparelha as outras indústrias, que é o caso das associadas da Abimaq. Os efeitos chegam à cadeia industrial de produtos, ameaçando empregos, conforme mostrou o diretor regional da Abimaq, Valter Zutin Furlan.

“Indústria de bens de capital é um setor que faz as indústrias. Produz, por exemplo, equipamentos para as processadoras de alimentos de Limeira e região. Hoje as indústrias importam parte das máquinas que precisam de outros países, deixando de criar empregos na região”, disse Furlan.

Na região, parte dos dispensados pelo setor de máquinas se abrigou em outros ramos da indústria, como o automotivo. Mas esses ramos podem ter seus negócios reduzidos, em razão do cenário econômico e da redução do consumo no Brasil.

Câmbio

Representando um setor que emprega aproximadamente 260 mil pessoas no Brasil, a Abimaq está buscando números do impacto na região dessa perda de mercado do produto nacional. Porém, as causas já são conhecidas. “O câmbio é o principal motivo desse cenário pessimista”, disse Furlan. A associação estima que o faturamento 8% menor surge na comparação com o ano passado, que já teve resultados ruins.

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou queda do quadro de pessoal. A política de manutenção da mão de obra qualificada aparentemente chegou em um nível insuportável para as indústrias do setor.

“Não estamos falando somente de fechamento de postos de trabalho, mas de perda de tecnologia, que é o que ocorre quando uma fábrica de máquinas nacional fecha”, avalia Valter Furlan.

Os problemas históricos seguem afetando os resultados. “Produzir no Brasil é 37% mais caro que na Alemanha e nos EUA. Quando estamos perdendo competitividade para países de primeiro mundo, além da China, isso é muito grave”, disse José Velloso Dias Cardoso, presidente executivo da Abimaq.

Segundo os dados apresentados, o consumo de máquinas e equipamentos no Brasil foi de R$ 10,79 bilhões, mantendo a leve tendência de crescimento iniciada em janeiro de 2013. Porém, esse consumo de bens de capital se elevou em função dos produtos importados, que hoje representam 65% do consumo nacional – em 2007, eram 52%.

Concessões e Custo Brasil

Os dados positivos nos 6 meses iniciais de 2013 perdem efeito quando aplicada a variação cambial. “Tanto o nível de utilização da capacidade instalada como a carteira de pedidos apresentam pior desempenho no setor fabricante de equipamentos pesados”, cita Carlos Pastoriza, vice presidente da Abimaq.

A principal esperança de recuperação reside na operacionalização das concessões públicas. “Além das concessões, o governo precisa reduzir seus gastos e atacar o Custo Brasil”, declarou José Velloso Dias Cardoso, presidente executivo da Abimaq. Ainda na área estrutural, necessita, segundo a entidade, deixar de lado ações que foquem somente o mercado financeiro.

Ações de incentivo específicas ao setor, como o Inovar Máquinas e o Plano Brasil Maior, a Defesa Comercial e o Conteúdo local, constam da pauta da associação.

Onde o governo precisa mexer para melhorar a indústria nacional

. Modificar a política para o câmbio

. Reduzir a taxa de juros

. Diminuir a carga tributária

. Gerar um ambiente legal e jurídico mais seguro

. Ampliar investimentos e realizar as concessões públicas

. Redução do chamado “Custo Brasil”

Fonte – Abimaq

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