O Sindicato Patronal das Indústrias da Construção de Limeira (Sincaf) está preocupado com o momento vivido pelo segmento. O desabastecimento e a alta de preços que vem ocorrendo no mercado de materiais de construção, especificamente o de cimento, tornam os negócios mais difíceis nesse período de pandemia.
O temor é que o cenário afete as construtoras e prestadores de serviços de Limeira e região, como as concreteiras. O encarecimento nos custos ameaça o término de obras, gerando dissabores e desemprego maior. O setor tem cerca de 8 mil trabalhadores em Limeira.
Presidente do Sincaf, Renato Hachich Maluf explica que, com a pandemia de Covid-19 houve uma retração em várias atividades comerciais e industriais, mas não no setor de materiais de construção.
“A explicação é que aumentou o número de pessoas que, ficando em casa, estão fazendo pequenos reparos nos imóveis e até mesmo a autoconstrução. Notou-se um aumento no consumo de tintas, pincéis e similares, tomadas, interruptores e afins”, conta Renato.
Nesse cenário, veio a alta, que, no caso do cimento, ficou entre 10 e 20%.
Ao mesmo tempo, obras de médio e grande porte têm projetos de maior prazo, daí terem sido pouco afetadas inicialmente. Além do número de trabalhadores, o segmento é um dos que mais rapidamente contrata, sendo importante nos momentos de crise.
Pesquisa realizada pelo Sincaf com os associados mostra que 86% das empresas do setor em Limeira tiveram suas finanças afetadas pela pandemia. A pesquisa foi realizada em julho e traz preocupação para o setor a médio prazo - com novos projetos. Clique aqui e leia sobre a pesquisa.