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BBB: entre a identificação e a repulsa

24/01/2024

BBB gera recordes de receita e engajamento nas redes sociais Foto: Divulgação

A 24ª edição do Big Brother Brasil (BBB) começou no último dia 8 de janeiro, com recordes de receita e muito engajamento nas redes sociais. A disputa novamente promete, pois envolve critérios de afinidade entre o público e alguns dos participantes.

Limeira já teve seu representante naquela que chamamos de “a casa mais vigiada do Brasil”. Nesta temporada, diversas localidades brasileiras vêm reunindo torcidas expressivas. Dois representantes paraenses, Alane Dias e Marcus Vinicius, por exemplo, foram selecionados para entrar na disputa e estão fomentando uma união em prol dos nortistas.

O entusiasmo, porém, é nacional. O programa ganhou conotação acima de uma mera atração televisiva. Tornou-se um marco, sendo tema de conversas até mesmo entre quem evita ampliar sua audiência.

Esse cenário tem sido visto desde a primeira edição do programa no mundo, transmitida em 1999 na Holanda. Hoje, o reality show está presente em mais de 70 países nos cinco continentes.

No Brasil, os dados da temporada do ano passado exemplificam o engajamento. Mais de 142 milhões de pessoas foram alcançadas pelo programa, passando a despertar também o interesse das marcas anunciantes.

A estimativa é de que dois em cada três brasileiros assistiram a pelo menos um episódio do BBB em 2023. Ainda há outro diferencial: ele se conecta com as mais diferentes camadas sociais.

Em território nacional, o interesse expressivo pela atração é resultado da identificação gerada no público ao ver "pessoas reais" do outro lado da tela. Sensações como admiração e até repulsa são naturais e atraem uma audiência cada vez mais fiel. Por isso, podemos apontar e analisar alguns dos principais sentimentos envolvidos nessa perspectiva.

É comum que o público busque por representatividade; que veja alguém e acredite que ali estão representados seus ideais, valores, ética e moral. Entretanto, também notamos que pode acontecer o contrário. Quando uma pessoa não tem nada a ver com as crenças de quem a assiste, pode gerar uma repulsa muito grande.

A afeição é outro sentimento que pode ser despertado e gerar engajamento e audiência para o programa. Por exemplo, alguém pode ter inteligência emocional para lidar com as situações e aquilo desencadear algo positivo. A pessoa que assiste quer ser assim e passa a acompanhar, seguir nas redes sociais e torcer.

O Big Brother Brasil gera muita repercussão e discussão nas redes sociais e na mídia, sobretudo devido aos conflitos e às alianças formadas entre os participantes. Diversas pautas, temas sensíveis e relevantes já foram levantados na atração, como racismo, saúde mental, preconceito e machismo.

Nessa perspectiva, o recomendado é que tenhamos cautela ao entrar em debates e discussões sobre participantes. Quando coloco minha opinião e alguém não concorda, começam as tretas, rola discussão, pode acontecer uma série de coisas.

Portanto, é necessário ter cuidado ao se envolver com esse tipo de entretenimento que envolve emoções e situações que podem gerar estresse e ansiedade. Diante de alguma circunstância que gere gatilhos negativos, o mais recomendável é que a pessoa busque por ajuda qualificada.

George Barbosa
Psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica

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