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Bijuterias da China ameaçam saúde do consumidor; Sindijoias defende criação de norma

21/11/2013

Dionísio disse que faltam normas que regulamentem a entrada do produto no Brasil Foto: Divulgação

O consumidor deve estar atento à qualidade das joias folheadas que adquire, pois a questão vai além de problemas com a mercadoria: ameaça a saúde das pessoas.

Reportagem divulgada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, no último dia 17/11, mostrou a chegada ao Rio de Janeiro de um carregamento com bijuterias vindas da China, que apresentam concentração de cádmio 4 mil vezes superior ao recomendado.

Para o vice-presidente estadual do Sindicato da Indústria de Joalheria, Bijuteria e Lapidação de Gemas do Estado de São Paulo (Sindijoias), Dionísio Gava Júnior, faltam normas que regulamentem a entrada do produto no Brasil.

Sem normas, comerciantes apostam no preço baixo. A TV mostrou anéis por menos de um real. Pontos como lojistas da Rua 25 de Março, em São Paulo, distribuem esses produtos para todo o país. A chegada do Natal amplia a oferta.

Segundo a Receita Federal, nos últimos cinco anos, o Brasil importou 29 mil toneladas de brincos, colares e pulseiras chinesas. “Para a indústria, a concorrência é desleal. Para saúde das pessoas é um risco”, disse Dionísio.

O empresário Paulo de Oliveira Filho, da Eletrochemical, de Limeira, confirma a situação. “A reportagem mostrou: problemas nos produtos da China vão além da qualidade, estão até na matéria-prima”, disse. Paulo tem em sua empresa um grupo técnico de 10 profissionais especializados em química.

O cádmio é um metal que, em grande quantidade, polui o ar e contamina os alimentos. O contato com a pele ameaça gerar absorção em excesso, aumentando as chances de um câncer de rim.

Nas amostras analisadas no Rio, foram encontrados até 39% de cádmio nos produtos chineses. Somente 0,01% é permitido na Europa e até 0,03% nos Estados Unidos.

“As bijuterias brasileiras trabalham apenas com o cobre e o zinco na alta fusão, também chamado de latão, e o estanho e o chumbo na baixa fusão”, disse Paulo Oliveira. Ele se mostra alarmado com o teor de cádmio nos produtos chineses. “A concorrência com o produto brasileiro é desleal em todos os sentidos. A questão não é só qualidade”.

“Há muito tempo defendemos uma regulamentação sobre o tema”, afirmou Dionísio Gava Júnior. Normas sobre a quantidade de ouro nas operações de banho e o tamanho dos anéis foram definidas em grupos dos quais participaram o Sindijoias e técnicos do governo. “Essa classificação ajuda tanto a indústria como os consumidores, e precisa ser ampliada”.

Paulo também é favorável às normas sobre o revestimento. Porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou ao “Fantástico” que não há motivo para alarme. “O problema é o quanto a presença do cádmio nessa bijuteria agrega na quantidade de cádmio a que as pessoas estão expostas diariamente acumulando ao longo do tempo”, apontou. 

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