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Compartilhar capacete traz risco Ñ  saúde dos usuários de motos

28/08/2025

Compartilhar capacete pode sair caro para a saúde Foto: Divulgação

A saúde dos 10 milhões de usuários de motos no Brasil corre um risco diário, ao compartilhar capacetes. A ausência de higienização no acessório, obrigatório nas viagens, pode acarretar problemas de pele e doenças respiratórias, segundo médicos especialistas.

Em Limeira, as corridas de moto são comuns pela presença dos aplicativos e também empresas de mototáxis que transportam passageiros. O valor mais baixo da corrida – na comparação com os automóveis – é um atrativo, principalmente no trajeto entre a residência e o trabalho.

No final da tarde, horário de saída de muitos trabalhadores, uma viagem de aproximadamente 9km no município custa 30% menos na motocicleta que no automóvel. Os dados são de uma simulação em aplicativo feita essa semana, e podem variar em função da oferta de serviços.

Mas a economia deve vir junto com a higienização. No compartilhamento sem cuidados, o capacete pode provocar reações cutâneas, alergias e infecções. O calor e o suor acumulado causam irritações, mesmo após o uso por pouco tempo. Umidade, resíduos de pele e ambiente abafado dentro do capacete ampliam os riscos.

O médico dermatologista Diogo Pazzini, da Hapvida, cita que as doenças mais comuns são as infecções fúngicas no couro cabeludo, foliculites bacterianas e pediculose – que é causada por piolhos. Também há registros de impetigo, uma infecção superficial da pele.

"São condições que surgem poucos dias após o contato com capacetes contaminados, especialmente em pessoas com pele sensível ou baixa imunidade", explica Pazzini. A falta de higiene também impulsiona espinhas, cravos, irritações e descamação. "Fungos e bactérias podem sobreviver dias ou até semanas no interior desses capacetes", alerta o médico.

Já a contaminação respiratória está relacionada às gotículas de saliva, suor e secreções.

Diagnóstico rápido

A infectologista Dessana Francis Chehuan, também da Hapvida, alerta que a limpeza evita gripes, resfriados, rinite, sinusite, faringite e amigdalite.

"Em tempos de viroses respiratórias, o ideal é que cada pessoa utilize seu próprio capacete. Se não for possível, toucas descartáveis e bandanas ajudam. Manter o capacete limpo e arejado após o uso é uma medida simples, mas eficaz", orienta a médica da Hapvida.

A higienização deve ser feita com álcool 70% ou antissépticos. A exposição ao sol auxilia na prevenção.

Em caso de sintomas, as pessoas devem buscar rapidamente o atendimento médico. Os mais comuns são irritação, coceira, espinhas, descamação, queda de cabelo localizada, tosse, espirros e dor de garganta. Com o diagnóstico rápido, o tratamento se torna mais simples e eficaz.

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