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E aí, Limeira, vamos “botecar”?

08/02/2024

Adalberto Mansur é jornalista e diretor da ProImprensa Foto: Divulgação

Já estamos discutindo eleições municipais. Então, peço licença para dar meu pitaco quanto ao tema “desenvolvimento econômico” nos programas de governo que serão apresentados.

Uma das primeiras medidas que o futuro prefeito ou prefeita deveria tomar envolve o estímulo aos segmentos econômicos já existentes no município. Tomo como exemplo a área da gastronomia.

Poucas pessoas não se lembram de pelo menos um local que produza um prato, salgado ou lanche que arrebate o sabor do limeirense. Numa rápida conversa, surge o lugar da cidade que produz linguiça com sabor imperdível. O mesmo se dá com pastel, lanches, café e chope. De torresmo, já ouvi falar de pelo menos dois estabelecimentos.

Esse aspecto poderia ser melhor explorado em uma temporada de eventos que divulgue e incentive o consumo dos limeirenses e moradores da região nesses locais. Popularmente, seria uma espécie de concurso ou apresentação de “comida de boteco”.

Hoje, o que menos falarei será de pratos. Isso é para os participantes. Agora, uma iniciativa “360 graus” poderia incluir as instituições educacionais que ministram cursos na área. Conheci uma franquia de alimentação que surgiu de um TCC na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. Entidades patronais e de trabalhadores do segmento estariam presentes. Shows de artistas locais nos espaços ampliariam as conexões.

A contratação de um chef renomado como “padrinho” traria maior divulgação. Um livreto e um site contando a história de cada um dos pratos retratariam, simultaneamente, a própria história de quem ajuda a construir a cidade.

Porém, num evento como esse, a segurança da cidade é fundamental. Também há municípios em que o transporte coletivo estende o horário de circulação para atender usuários e trabalhadores, já que a iniciativa faz as casas fecharem mais tarde.

Parcerias não faltarão. Grandes marcas de bebidas e de cartão de crédito investem nesse tipo de ação. Basta haver uma contrapartida do poder público. E aí, qual plataforma de delivery estará nessa?

A ação seria planejada a partir dos dados das ferramentas tecnológicas. O Google armazena experiências de seus clientes que, se bem interpretadas, apontam oportunidades.

Essa proposta mostra, também, parte dos problemas que o grupo que ocupará o Edifício Prada em 2025 terá pela frente. A segurança e a zeladoria precisam ser melhor conduzidas. A deficiência do transporte público impulsiona mototaxistas e motoristas de aplicativo. O treinamento profissional precisa ser incrementado e atualizado.

Sei dos esforços da prefeitura, mas a divulgação institucional precisa ser revista. O digital avança? Sim! Porém, os links vindos dos sites da imprensa tradicional são uns dos principais impulsionadores de negócios na internet.

Evidente que há outras prioridades. O que vejo aqui é uma oportunidade de movimentar a cidade, sem muitos investimentos e usando a estrutura pública e privada existente. Nesse pique, o ecossistema tende a atrair novos negócios.

E aí, qual ideia você tem para quem for ocupar o Prada em 2025?

(Artigo publicado no jornal Tribuna de Limeira de 13/01/2024)

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