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Enacal destaca informação ao produtor e políticas públicas

02/12/2013

Encontro foi realizado em Araxá (MG); edição de 2014 será em Palmas, capital do Tocantins Foto: Divulgação

O Encontro Nacional dos Produtores de Calcário (Enacal) apontou a necessidade de a informação sobre os benefícios do calcário chegar aos produtores rurais. Na visão dos empresários e especialistas, há espaço para ampliar a oferta de calcário. Ao mesmo tempo, está crescendo o consumo de proteínas pelo consumidor, o que exige ampliar a produtividade da agricultura brasileira.

As formas de chegar ao produtor passam por medidas que envolvem os empresários. Políticas públicas também garantiriam que a aplicação se tornasse prática rotineira, notadamente nas pequenas propriedades.

Realizado em Araxá (MG), o encontro ocorreu de 28 a 30 de novembro. A organização foi da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Sindicato das Indústrias de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado de Minas Gerais (Sindac) e Associação das Mineradoras de Arcos, Pains e Região (Ampar).

A edição de 2014 do encontro será em Palmas, estado de Tocantins.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical), João Bellato Júnior, e o diretor executivo e jurídico da entidade, Euclides Francisco Jutkoski, acompanharam os debates. Associados do Sindical participaram do encontro.

Segurança

Os debates ocorreram na sexta-feira, dia 29. Darlênia de Almeida Guimarães falou sobre gestão de pessoas. Alertou para a importância da preparação e retenção de talentos para a organização.

Já o professor Álvaro Vilela de Resende, doutor em solos e nutrição de plantas, apontou a melhoria com a calagem. “Calcário é segurança para a lavoura”, disse. Segundo ele, “necessitamos de um esforço de presença e posicionamento junto ao agricultor, feitos com critério técnico coerente”.

Resende ilustrou com estudos do IBGE, que apontam que 84% das pequenas propriedades não aplicarem calcário no Brasil, sendo que 78% delas não recebem nenhum tipo de assistência técnica de forma regular.

Na visão de Alfredo Scheid Lopes, professor emérito da Universidade Federal de Lavras, “a valorização da agricultura é questão de segurança nacional”. Segundo ele, o setor vai bem – “na produção de soja temos produtividade superior ao 1º Mundo”.

Porém, o agronegócio, segundo Lopes, “não usa a força que tem” no cenário nacional. Dos governantes, o professor cobrou decisão política. Já a conscientização popular requer ações de comunicação. “A maioria das pessoas acha que milho dá em caixinha que é vendida em supermercados”, disse.

A última palestra coube a Alysson Paolinelli, ministro da Agricultura entre 1974 e 1979. Ele alertou que o agronegócio precisa estar preparado. “A cada 20% de crescimento na renda das famílias, uma família de quatro pessoas dobra o consumo de proteínas nobres”, afirmou.

Ambiental

A questão ambiental também foi citada. “Temos muita oferta de recursos naturais, mas não dá para esbanjar”, alertou Paulinelli. “Há muita lenda na questão do meio ambiente. Ações ambientais conjugadas com a produção precisam ser explicadas à sociedade”, disse Alfredo Scheid Lopes.

Os debates foram encerrados com um painel dos presidentes da Abracal, Oscar Raabe, e do Sindac, Anselmo Vasconcellos Neto, além do diretor executivo da Abracal, Fernando Carlos Becker. Eles saudaram a presença de estudantes da Universidade Federal de Lavras (MG).

A programação foi encerrada no dia 30 de novembro, com uma visita técnica à Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), do Grupo Moreira Salles. O conteúdo das palestras deverá ser disponibilizado no site http://enacal2013.com.br/

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