A busca pela produtividade tem ampliado a utilização do calcário como corretivo agrícola no Brasil. A elevação das últimas décadas deve ser mantida, estando perto de 10% na perspectiva dos próximos meses de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado.
A alta foi relatada pelos estados que participaram da assembleia anual da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), no último dia 18 de junho. Pelo segundo ano consecutivo, o encontro foi realizado de forma virtual, em função da pandemia.
“Há uma perspectiva bastante positiva nos mercados interno e externo quanto à produção de alimentos e energia. Temos uma indústria com capacidade instalada já preparada para atender o produtor rural”, avalia o presidente da Abracal, João Bellato Júnior.
Reeleito presidente da entidade até 2024, Bellato ouviu na assembleia relatos de que há estados em que a indústria terá que ampliar as horas trabalhadas. O funcionamento aos domingos é uma das alternativas. As estatísticas apontaram que, no ano passado, o salto ficou perto de 4,6% – clique aqui.
O avanço ocorre também em função da percepção do agricultor e do pecuarista de que resultados dependem de um manejo correto de solo. Porém, há desafios.
“Esse manejo ainda precisa ser melhor comunicado aos pequenos produtores. Somente a interpretação das análises de solo por profissionais fará com que uma área se torne mais produtiva, sem a necessidade de ampliação do espaço plantado ou do pasto”, disse Bellato.
Outro desafio é a melhoria do ambiente de negócios. A questão tributária, como a cobrança da CFEM, preocupa os empresários de calcário. Custos de insumos para o setor, como equipamentos e combustíveis, também têm sido acompanhados com rigor.
A assembleia definiu a manutenção do formato virtual do Encontro Nacional dos Produtores de Calcário (Enacal). O evento será em novembro próximo.