Neste início de ano, várias regiões do Brasil têm sofrido com as fortes chuvas. O quadro pede que as pessoas tenham mais cuidados com a saúde. Em Limeira, uma das preocupações é com a dengue.

O Índice de Infestação Predial do município é de 1,6, segundo o Ministério da Saúde (MS). O índice avalia a quantidade de materiais que podem abrigar larvas do mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti. O número representa estado de alerta, na escala feita pelo Ministério.

O dado foi divulgado pela Prefeitura, no último dia 8 de março. O levantamento sobre o índice envolveu 4.839 imóveis na cidade, ao longo do mês de janeiro.

A infectologista Priscila Carraro Merlos, do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, afirma que o momento é de alerta, nas regiões atingidas pelas chuvas. Há maior incidência de doenças infecciosas transmitidas pelo ar ou pela água contaminada.

Risco na água contaminada

Além da dengue, a médica cita que as doenças que mais preocupam, com esse cenário, são a leptospirose, hepatite A, chikungunya e zika vírus.

"O perigo das enchentes se encontra nas poças que permanecem no local e acúmulo de água em lixo e em outros objetos. Durante o verão, estes locais se tornam criadouros para o mosquito transmissor da dengue", conta a médica. "Outro cuidado fundamental que auxilia na prevenção da Hepatite A é descartar qualquer alimento que entrou em contato com a água, mesmo os embalados".

Enfermidades relacionadas à contaminação da água, como a diarreia bacteriana e virais, também podem ocorrer. Evitar o contato direto com a água de enchentes é uma das formas de prevenção.

"Doenças como diarreia por rotavírus, influenza, meningite, rubéola e tétano podem ser evitadas pela vacinação, por isso é importante manter a vacinação em dia. Utensílios domésticos devem ser higienizados com desinfetante, água sanitária e água. Pisos, paredes e móveis podem ser limpos, primeiramente, com uma solução de água e sabão, e depois com água e água sanitária", orienta Priscilla.

Garrafas e vasos guardados

A Divisão de Controle de Zoonoses - departamento da prefeitura responsável pelo controle do Aedes aegypti em Limeira – informa que quatro em cada cinco recipientes encontrados nos imóveis em janeiro estavam propensos à formação de criadouros.

Eram objetos como garrafas e vasos, que devem ser guardados em locais cobertos. Baldes e regadores também podem conter larvas do mosquito.

Esse ano, Limeira teve 19 casos confirmados de dengue e investiga outros 222.