A prematuridade é um dos principais desafios para bebês e seus familiares. O Brasil ocupa a 10ª posição entre os países do mundo com nascimentos registrados antes da 37ª semana de gestação.

Por isso, a campanha “Novembro Roxo” ganha força nas unidades de saúde, a exemplo do Hospital Medical, em Limeira. O equipamento da Hapvida NotreDame Intermédica realiza ações de apoio e conscientização sobre a temática, como palestras com médicos e psicólogos voltadas às gestantes.

“A prevenção é o nosso principal objetivo. As recomendações do obstetra quanto a cuidados importantes, como repouso e medicações, precisam ser devidamente seguidas pelas mães”, conta a médica pediatra Soraia Drago Menconi, coordenadora técnica da UTI Neonatal da Medical.

Na ocorrência da prematuridade, ações rotineiras complementam o tratamento. “Uma delas é o contato pele a pele do bebê com a mãe da forma mais precoce possível”, completa a especialista.

Em alusão ao tema, o “Novembro Roxo” deste ano utiliza o slogan “Pequenas Ações, Grandes Impactos”, estampado nas roupas que os bebês usam na UTI Neonatal.

Importância do acompanhamento

Fazer o acompanhamento médico desde o início da gravidez ajuda a identificar eventuais riscos de prematuridade – que afeta 15 milhões de crianças a cada ano no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 302 mil casos anuais de nascimentos prematuros.

Recentemente, a orientação pela busca de hábitos saudáveis vem ganhando ainda mais força. As ondas de calor, com temperaturas próximas de 40ºC na região de Limeira, pedem maiores cuidados das mães, como o repouso e a ingestão adequada de água. Adotar uma dieta saudável – rica em nutrientes – e evitar o estresse também são recomendações de Soraia para gestantes.

Bem-estar emocional

A ação na Medical inclui o fomento ao bem-estar emocional. “No dia a dia, vemos o quanto cada bebê prematuro é um verdadeiro herói, tendo ao lado uma família cheia de amor e esperança”, afirma o psicólogo Régis Cardoso, do grupo de apoio. “É um período em que a família lida com a ansiedade, mas que o apoio e a orientação ajudam a enfrentar esse desafio”.

Se a ansiedade é um desafio, o contato pele a pele é fundamental, como demonstra Fernanda de Melo. Ela visita diariamente o filho Bryan, na UTI Neonatal da Medical. 

Outra mãe, Amanda Maria dos Santos, confirma a reação mesmo em crianças que não são prematuras – o filho Leonardo nasceu com 39 semanas de gestação. “Meu filho para de chorar quando vem no colo”, conta Amanda.