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Programa incentivará calagem, que chega a apenas 33% das propriedades paulistas

15/02/2023

Programa Solo + Fértil contará com o apoio do Sindical Foto: Rogério Rueda

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SAA) iniciará um programa para incentivar a calagem em de São Paulo. Diagnóstico realizado pela secretaria entre mais de 339 mil Unidades de Produção Agropecuária (UPA) no estado mostrou que apenas 47% delas realizam análise de solo e 33% fazem calagem.

Os dados preocupam já que a produção agropecuária sustentável depende do uso de insumos com bases técnicas. Entre esses insumos, está o calcário. Pequenos produtores e os agricultores familiares são os que menos empregam essas bases.

O programa “Solo + Fértil” contará com o apoio do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical).

“A difusão do processo de calagem é importante para o estado e para os resultados do agricultor. O consumo esse ano cresceu 3,5% na comparação com 2021, mas ainda está perto de 35% menor do que o necessário. Em 2021, o estado utilizou 5,3 milhões de toneladas de calcário, mas o consumo deveria ser de 7,5 milhões”, avalia o presidente do Sindical, João Bellato Júnior.

Maior produtividade

A apresentação do programa foi feita pelo subsecretário de Agricultura, Orlando Melo de Castro, durante reunião com industriais de calcário, em Rio Claro (SP), no final de dezembro. No encontro, Castro representou o secretário da Agricultura paulista, Francisco Matturro.

“Queremos, com o programa, ampliar a produção e a produtividade do agronegócio paulista, incluindo plantios e pastagens”, disse Castro. A ação também terá um viés ambiental, já que a calagem permite que terras degradadas voltem a ser produtivas.

Castro estava acompanhado dos engenheiros agrônomos Vinicius Sampaio do Nascimento e Vivaldo Alberto Viganó, da Coordenadoria de Assistência Técnica Int

egral (CATI), ligada à secretaria. Nas reuniões com a CATI, o Sindical foi representado por seu diretor executivo, Euclides Francisco Jutkoski.

A ampliação dos resultados virá do estímulo aos agricultores, especialmente os pequenos, a utilizar a análise de solo. Também promoverá o uso de calcário para corrigir a acidez dos solos. Treinar a rede de Assistência Técnica e de outros profissionais interessados em recomendação de adubação e calagem está na lista de objetivos do programa.

Perdas de 50% no milho

A estimativa é que, em algumas áreas plantio de milho, solos corrigidos ampliarão a produção em 50% na safra. Na prática da safrinha, esse salto pode ser maior.

“O Solo + Fértil tem potencial para alavancar a lucratividade de milhares de agricultores paulistas. Isto traz também benefícios para a economia dos municípios e para toda a cadeia de produtos e serviços agropecuários”, conta Vinícius do Nascimento, que detalhou o programa.

A ação incluirá a indústria de adubos. O estudo apontou que parte dos agricultores aplica adubo mineral sem fazer análise de solo e correção da acidez da terra. Sem essas duas etapas, há um desperdício no potencial do adubo.

A próxima etapa do projeto será a formalização das parcerias, incluindo a formação de grupos de trabalho.

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